Extremistas Matam 49 Cristãos na África

Desde junho, 150 pessoas foram mortas em ataques atribuídos ao grupo extremista ADF

*Conteúdo sensível: violência extrema.

Recentemente, 49 cristãos foram mortos no Leste da República Democrática do Congo pelas Forças Democráticas Aliadas (ADF, em inglês). Os ataques ocorreram em comunidades do território de Beni, no estado de Kivu do Norte.

No final do dia 24 de julho, os extremistas realizaram três ataques simultâneos nos vilarejos de Mangambo, Katerrain e Kotaokola. De acordo com fontes locais, os atentados começaram por volta das 19h30, e a maioria das vítimas foi morta a tiros ou com facadas. No total, pelo menos 50 pessoas morreram neste dia, incluindo 31 cristãos.

Em agosto, a situação permaneceu crítica. No dia 10, mais de 18 pessoas foram mortas nos vilarejos de Mukoni e Bayeti. Além disso, quatro casas e duas motocicletas foram incendiadas e mais de 14 pessoas foram reportadas como desaparecidas.

O Único Sobrevivente

“Quando liguei hoje de manhã, o líder de uma igreja local me contou que as ADF praticamente exterminaram sua família. O único sobrevivente é o pai. Três anos atrás, a mãe foi assassinada, e agora os radicais levaram os dois filhos do cristão em Mukoni. Todos eram membros da igreja 8ª CEPAC. Hoje, oramos por consolo para eles. Orem conosco”, relatou o pastor Paluku a parceiros locais da Portas Abertas.

Autoridades locais estimam que, desde junho, 150 pessoas foram mortas em ataques atribuídos às ADF no Leste da República Democrática do Congo. O número de ataques na região aumentou nos últimos meses, causando não apenas mortes, mas também o deslocamento em massa de cristãos em busca de segurança.

No início de 2024, o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários registrou mais de 738 mil pessoas deslocadas na República Democrática do Congo, totalizando 7,2 milhões de vítimas forçadas a deixar suas casas. Mais de 80% dos deslocamentos foram causados por ataques armados e conflitos.

“Inúmeras comunidades no Leste da República Democrática do Congo vivem em um estado de conflito contínuo. A situação dos cristãos locais é desesperadora. Eles são forçados a fugir, e algumas igrejas foram fechadas devido aos ataques. Convocamos a comunidade internacional a fazer o possível para proteger essas comunidades e apoiar os deslocados internos”, afirmou Jo Newhouse (pseudônimo), porta-voz da Portas Abertas na África Subsaariana.

Perseguição a Cristãos na RDC

A República Democrática do Congo ocupa a 41ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2024, que classifica os 50 países onde a perseguição a cristãos é mais severa. A RDC está entre os 10 países que mais matam cristãos por causa de sua fé e é um dos líderes em sequestros de cristãos, atrás apenas da Nigéria e do Paquistão. Além desses dados, o país figura em outras estatísticas de violência, destacando-se como um dos mais violentos contra cristãos. Para mais informações sobre a violência contra cristãos, consulte este link.

Os cristãos na parte oriental da RDC enfrentam muitos riscos. A região abriga mais de cem grupos armados, alguns dos quais têm seguidores de Jesus como alvo específico. Isso torna cristãos e igrejas vulneráveis a ataques, incluindo mortes, sequestros e violência sexual. Líderes de igreja que se manifestam contra a violência tornam-se alvos, dificultando a denúncia das atrocidades. A violência também resultou em uma crise massiva de deslocados na RDC, com muitos cristãos entre eles.

Em áreas do país dominadas por outras religiões, convertidos do islamismo e de religiões nativas podem ser pressionados a participar de cerimônias e atividades não cristãs. Além dos desafios enfrentados pelas minorias religiosas, líderes de igrejas que denunciam corrupção e violência frequentemente relatam assédio verbal e interferência devido ao seu ativismo.

Atualmente, mais de 350 milhões de cristãos enfrentam perseguição em todo o mundo, o que significa que, a cada sete cristãos, um é perseguido.

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Fonte: Portas Abertas

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